Texto de Formação

Importância e função do canto e da música na liturgia

Importância e função do canto e da música na liturgia

 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO CARMO – VILA PAULISTANA – SP

CATEQUESE PERMANENTE

ÁREA: LITURGIA

 

IMPORTÂNCIA E FUNÇÃO DO CANTO E DA MÚSICA NA LITURGIA                

Joaquim Fonseca, OFM

“O Apóstolo aconselha os fiéis, que se reúnem em assembléia para aguardar a vinda do senhor, a cantarem juntos salmos, hinos e cânticos espirituais (cf. Cl 3,16), pois o canto constitui um sinal de alegria do coração (cf. At 2, 46). (...) Portanto, dê-se grande valor ao uso do canto na celebração da missa, tendo em vista a índole dos povos e as possibilidades de cada assembléia litúrgica” (IGMR, 39-40).

Conforme a orientação do Concílio Vaticano II, a música apropriada à liturgia é aquela que está mais intimamente integrada à ação litúrgica e ao momento ritual ao qual ela se destina (cf. SC 112).

A música é a ‘alma’ da liturgia. Daí, o cuidado para a escolha de um repertório bíblico-litúrgico que expresse o verdadeiro sentido da liturgia que é a celebração do mistério pascal de Cristo.

A criação de um repertório bíblico-litúrgico pressupõe o cumprimento de alguns critérios básicos a saber:

a)      Os textos dos cantos sejam tirados da Sagrada Escritura ou inspirado nela e das fontes litúrgicas (cf. SC 121);

b)      O texto seja poético (evitando explicitações desnecessárias, moralismos, chavões...);

c)      Não falte a dimensão comunitária, dialogal, orante... nos textos e nas melodias;

d)      As melodias sejam acessíveis à grande maioria da assembléia, porém, belas e inspiradas;

e)      Sejam evitados melodias e textos adaptados de canções populares, trilhas sonoras de filmes e novelas...;

f)        Sejam levados em conta o tipo de celebração, o momento ritual em que o canto será executado (cf. SC 112) e as características da assembléia;

g)      O tempo do ano litúrgico e suas festas (cf. SC 107);

h)      O jeito da cultura do povo do lugar (cf. SC 38-40).

‘Ministérios’ litúrgico-musicais

Os compositores, letristas, animadores, salmistas, cantores, instrumentistas... exercem um verdadeiro ministério litúrgico (cf. SC 29). Para um bom desempenho desse  nobre serviço, é necessário que

-         Os compositores (letristas e músicos) conheçam profundamente a função ministerial de cada canto na ação litúrgica e traduzam numa linguagem poética, mística, orante  e performativa... os textos e melodias destinados a cada momento da celebração litúrgica;

-         Os instrumentistas utilizem seus instrumentos musicais para sustentar e nunca se sobrepor ao canto dos fíéis (cf. MS 64);

-         Os animadores sustentem o canto da assembléia sem jamais lançar mão desta sua função para dar “show”, ou seja: chamar a atenção sobre si próprio;

-         Os salmistas jamais deverão substituir o salmo responsorial por outro canto. Se, porventura, não puderem cantá-lo, que o recitem com o refrão do povo (cf. IGMR 2002, 61);

Os grupo de cantores ou corais desempenhem sua função sem jamais monopolizar o canto durante toda a celebração.

Perguntas para a reflexão pessoal e em grupos:

1.      Como sua comunidade tem aplicado os critérios para a escolha do repertório litúrgico (cf. item n. 1)?

2.      Como funciona os ministérios litúrgico-musicais em sua comunidade?

3.      O que precisa ser melhorado?


Voltar ao topo