Recursos Litúrgicos

Encenação da História de Nossa Senhora do Carmo

Encenação da História de Nossa Senhora do Carmo

Narrador:

Esta história tem sua origem na Palestina. A terra de Jesus era formada por cinco grandes regiões ou estados – uma delas a Galiléia e na Galiléia a pequena cidade de Nazaré.

Nazaré, o lugar onde o anjo foi visitar Maria era um lugar pequeno povoado do interior. Ficava meio perdido no alto da serra da Galiléia, um pouco acima do lago. Lugar de pouco prestígio, pois o  povo dizia: “Será que pode vir coisa boa de Nazaré?”.

Lá as casas eram pobres, cavadas, em parte, na encosta do morro. Poucas casas, pouca gente. Todo mundo conhecia todo mundo e sabia da vida de cada um. Tanto assim que, quando Jesus voltou para lá, anunciando o Evangelho, depois do batismo no rio Jordão, o povo ficou admirado com ele e dizia: “Onde é que ele aprendeu essas coisas todas? Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria?”. No interior é assim. Qualquer coisa que um faz diferente dos outros, o povo logo comenta. Nazaré tinha um único olho d água ou fonte para o abastecimento de todos. A fonte era um lugar de encontro para as mulheres que carregavam água. Era de lá que as notícias se espalhavam. Misturadas com os comentários do povo, como até hoje acontece em muitos povoados e aldeias do interior da Palestina e do Brasil.

Havia por lá uma casa de oração, chamada sinagoga, onde o povo se reunia todos os sábados para rezar e escutar a leitura da Bíblia, explicada e comentada pelo coordenador da comunidade ou por um dos presentes, convidado para isso pelo coordenador. Assim, certa vez, Jesus, que não era coordenador da comunidade de Nazaré, foi convidado para fazer a leitura e dar uma vez explicação ao povo.

Perto da sinagoga, a comunidade mantinha uma escolinha, onde as crianças aprendiam a ler a Bíblia em hebraico. O povo falava o aramaico, como nós, hoje, falamos o português.

A população de Nazaré vivia sobretudo da lavoura. Trabalhava na roça. Um ou outro como Jesus, prestava, além disso, algum serviço à comunidade como carpinteiro ou ferreiro. É por isso que Jesus contava tantas parábolas sobre a lavoura, a semente, as árvores e as flores. Ele conhecia todas essas coisas por própria experiência.

A roça não era deles. Eles eram apenas moradores. Havia uma espécie de latifúndio. Os donos da terra moravam sobretudo na cidade de trindade  que ficava perto do lago.

As mulheres viviam em casa  - vida  mais  retraída – cuidando  dos filhos e dos afazeres domésticos. Saíram para buscar  água  na fonte e encher o pote em casa.

A primeira vista, Nazaré parece ter sido uma cidadezinha simpática e tranquila. Mas não era tranquila. O país era ocupado pelos romanos, estrangeiros que exigiam impostos pesados do povo, cobrados por fiscais a que o Evangelho  dá o nome de publicanos. A maioria dos publicanos era gente desonesta que roubava muito.

Os romanos fizeram até um recenseamento em vista da arrecadação do dinheiro. Os latifundiários fizeram amizade com os romanos e passavam bem. O povo pobre é que sofria. Por isso, começou a surgir um movimento para lutar contra os romanos.

Os membros deste movimento de libertação chamavam-se Zelotas. A maior parte deles vinha da Galiléia. Era gente violenta. Quando podiam, matavam os soldados romanos, sobretudo na escuridão da noite. Isso provocava repressões violentas em que corria muito sangue. Estas e outras coisas, o povo as comentava a boca pequena, quando ia buscar água na fonte. Era o assunto do dia, sobretudo na Galiléia. Muitos galileus tinham entrado no movimento. Tanto assim que, no sul, a palavra Galileu pegou o sentido de gente revoltada contra os romanos. Quem informa todas estas coisas é Flávio José. Um senhor que vivia naquele tempo e que se deu ao trabalho de escrever a história do povo da Palestina.

Portanto, Nazaré não era um lugar assim tão tranquilo para viver. Ficava numa região explosiva. O tempo em que Nossa senhora por lá vivia, era um tempo incerto e inseguro.

É nesta cidade que vivia Maria de Nazaré, por isso, vou lhe contar uma história de uma jovem chamada Maria...

 Música: VOU LHE CONTAR UMA HISTÓRIA

II Ato:

Passou o tempo e vamos encontrar Maria presente

No ministério de Jesus

No sofrimento de Jesus

Na ressurreição de Jesus

No dia de pentecostes

Maria mulher da presença!

Música: MARIA DE NAZARÉ

III Ato:

O tempo vai passando e Maria continua presente na história do seu povo

Isto vai acontecendo em dois aspectos

Nas aparições que depois de investigadas pela Igreja são tidas como verídicas e dignas de culto e

Nos título que Maria vai recebendo... hoje no mundo inteiro são mais de 1000 títulos...  para  uma única pessoa.

É o amor que inventa os nomes  e no nome diz o de que mais gosta na pessoa amada. Quanto mais amada, tanto mais nomes!

O amor  do  povo inventou os nomes para a Mãe de Jesus, São tantos que não cabem nesta página. Só lembro alguns: Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora do Bom parto,  Nossa Senhora do Ó, Nossa Senhora da Boa viagem, Nossa Senhora do Desterro, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Nossa Senhora do Bom Conselho, Nossa Senhora do Amparo, Nossa senhora dos Remédios, Nossa Senhora da Guia, Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora  da Consolação, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Boa Morte, Nossa Senhora da Soledade, Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora do Livramento, Nossa Senhora das Vitórias, Nossa Senhora  das Graças, Nossa Senhora da Assunção, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora da Alegria... de maio e corações, romarias e procissões, cantos e festas , imagens e andores, ladainhas e benção, santuários e leilão, sem falar da devoção pessoal de cada um.

Ë  o Brasil inteiro que se reúne, em milhares de lugares , para  prestar a sua homenagem nas festas da Mãe de Deus! Dizem que debaixo do Ceará e do Piauí existe um rio subterrâneo que, se fosse possível aproveitar-se a sua água, daria  para transformar o  sertão num jardim verde e florido. Tão imenso é o rio! Existe no povo um rio subterrâneo que aflora aqui e acolá. Aflora nesta devoção  imensa de séculos que o povo  tem a  Nossa Senhora. Mas a sua água ainda não é bem aproveitada. Se fosse possível canalizar esta água de Deus e tudo o que ele representa para o povo, a vida do povo se transformaria num jardim verde e florido e ele cantaria hoje o cântico de Nossa Senhora, como se fosse  cantado pela primeira vez!

Seria a chegada do reino que Deus prometeu e para cuja realização. Ele quis e ainda quer depender, não do consentimento do Imperador Romano ou do Governo, mas sim do consentimento do povo humilde e daquela  moça bem pobre do interior da Galiléia, chamada Maria!

Música: TODAS AS NOSSAS SENHORAS

IV Ato:

E entre tantos nomes, nossa paróquia desde a sua fundação tem como padroeira NOSSA SENHORA DO CARMO.

Nossa Senhora do Carmo tem origem no século XII, quando se um grupo de eremitas começou a se formar no monte Carmelo, na Palestina, terra Santa, iniciando um estilo de vida simples e pobre, ao lado da fonte de Elias, que se estendeu ao mundo todo.

A palavra Carmo, corresponde ao monte do Carmo ou monte Carmelo, em Israel, onde o profeta Elias se refugiou. A palavra carmo ou carmelo significa jardim.

A ordem dos carmelitas venera com carinho o profeta Elias, que é seu patriarca, e a Virgem Maria, venerada com o título de Bem Aventurada Virgem do Carmo. Devido ao lugar, esse grupo foi chamado de carmelitas. Lá, esse grupo de eremitas construiu uma pequena capela dedicada a Senhora do Carmo, ou Nossa Senhora do Carmelo.

Posteriormente os carmelitas foram obrigados a ir para a Europa fugindo da perseguição dos muçulmanos. Aí se espalhou ainda mais a Ordem do Carmelo.

Desde a antiga capelinha o povo deste bairro se reúne semanalmente para louvar a Deus, agradecer os benefícios recebidos e pedir a intercessão de Nossa Senhora do Carmo.

Música: Flor do Carmelo

V Ato:

Desta devoção aprendemos

Que foi numa Montanha que tudo começou. A montanha nos faz lembrar o local onde Moisés recebeu os mandamentos, onde Jesus proclamou as bem aventuraças – montanha é o lugar de Deus, lugar do encontro com o Sagrado.

Que esta devoção leva muitas pessoas a usarem o Escapulário – sinal quem nos une entre o céu e a terra, símbolo religioso pra expressar “somos de Deus

Na história do Carmo estão presentes os PROFETAS  Elias e Eliseu, pra lembrarmos que o mundo de hoje é sedento de Profetas e Profetisas

A história do Carmo nos faz de novo recordar a vida e a história de MARIA DE NAZARÉ, a mulher do serviço, da solidariedade, da confiança, da obediência à Palavra de Deus. Mas sobretudo a história de Maria nos conduz a seu Filho JESUS.

JESUS – é a Ele que seguimos. Jesus é nosso mestre, nosso irmão maior que nos ensina a viver melhor em comunidade, a ter maior atenção aos pobres. Queremos muito bem a Maria Mãe de Jesus, mas Ele que é nosso CAMINHO, VERDADE E VIDA!

Música – Um certo dia.


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